sábado, 28 de fevereiro de 2009

Não existe

"Não existe verdade sem o seu contrário; não existe amor que não odeie" (Borges? Escrevi para mim mesmo, à guisa de lembrete endereçado ao futuro, na contracapa de Ficções, numa edição antiga que folheio agora, no momento certo que eu previ, muito anos depois.)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A vida Breve


No fim do romance A vida Breve de Onetti, os personagens, que diga-se de passagem, são produtos da fantasia criados por outro personagem Juan María Brausen, estão fugindo da polícia. Fantasiados, "excessivamente escondidos no Carnaval", sem roupas para trocar e sem nenhuma perspectiva, sem dinheiro nem documentos, deixados para trás na fuga, sem ter mais para onde correr, eles sabem que quando acabar esse que é o último dia de folia, eles não vão conseguir passar mais despercebidos. É a hora em que está amanhecendo em Buenos Aires e eles estão sentados numa praça enquanto brindam à má sorte com copos vazios e a um homem muito velho que "alimentava-se de minúsculos mistérios sem importância. Na hora da morte acreditou que se salvaria dizendo estar com sono".

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A conta do Marques

"É a débito e não a crédito da conta do Marques. (Vejo-o gordo, amável, piadista, e num momento, o navio desaparece)."

Bernardo Soares. O Livro do Desassossego.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os detetives selvagens2

Ontem parei na página 526 dos Detetives. Acho que no final é um livro triste, tem uma visão pessimista e desencantada do ato de escrever, dos poetas, e escritores em geral.