terça-feira, 16 de maio de 2006

As coisas voltam à normalidade perigosa. Ou quase. A sensação que tenho é que o crime venceu. O trânsito nunca esteve melhor hoje. Ontem foi "o feriado negro" do PCC. Hoje é o "rodízio negro". A única reação das autoridades foi liberar a polícia para usar mais da força, com carta-livre para matar.

Ainda assim, a impressão que dá é que a força policial é indefesa e despreparada. Famílias de PMs são ameaçadas por motoqueiros noturnos armados de metralhadora. Segundo ouvi de um apresentador de TV são chamados de "Bin Laders", pessoas com dívidas a zerar com o PCC.

Enquanto isso o governo estadual aparentemente costura acordos com os líderes dos traficantes, em troca da paz momentânea. Ao mesmo tempo em que recusa o apoio federal.

A origem do crime organizado é uma só: a tentativa desenfreada de enriquecimento a qualquer custo, inclusive da vida própria ou alheia.

As motivações são várias e conhecidas dos brasileiros há tempos, País com a segunda maior desigualdade social do mundo, perdendo apenas para Serra Leoa, na África. E São Paulo é a cidade das américas com o maior contingente de pobres: 3,5 milhões, sendo que metade é considerada indigente.

Não por acaso o Estado paulista é o que apresenta a maior população carcerária. Um de cada três presos do Brasil está aqui (138.116 dos 361.402).

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