quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Lua nova


1
São Paulo, fim de tarde (início de noite, já sendo noite, de verão), com nuvens ameaçadoras, tranquilas, trazedoras de chuvas, e uma lua nova perfeitamente delineada.

2

Abaixo dela, indiferentes, não lhe notam os prédios monótonos e sem luzes - estranhamente desabitados, de domingos.

3

Quando o céu, turvando-se e multiplicando-se em angustiantes profundidades púrpuras e azuis, vem negar-lhe o esplendor.

4

Que vai aos poucos descobrindo os olhos convulsivos dos habitantes tragados pela cratera do Metrô.

4 comentários:

Anônimo disse...

OI Lauro.......faz tempo que não te faço uma visita
vc criou umais do que tudo uma cena de sonho e poesia
tento imaginar o sussurro da lua e o metro traga minha audição
abraço

Lauro Marques disse...

Oi rita, obrigado pelo comentário. Depois leia um conto que escrevi para a ediçaõ de fevereiro da revista Bula (a sair), em que usei esse trecho.

baraços

Anônimo disse...

Quando o céu, turvando-se e multiplicando-se em angustiantes profundidades púrpuras e azuis, vem negar-lhe o esplendor.

ooooooooo lauro sempre que leio algo seu me preencho de uma suavidade espantosa
é essa musica
essa luz
esses dentes rangendo e a boca espumando por debaixo de um véu
abraços

Lauro Marques disse...

Gentileza sua Rita, abraços.
PS, leia minha coluna, toda terça, na Bula
http://www.revistabula.com/coluna11-2007-02-05.php
Lauro