I-
"- O senhor quer a salvação do México? Quer que Cristo seja nosso rei?
- Não."
Descobrir
porque Roberto Bolaño escolhe esta, dentre tantas outras frases, de "À sombra do
Vulcão", como epígrafe de seu livro "Os detetives selvagens".
II-
Hesito em terminar de ler o livro. Vontade de deixar o cônsul vivo (ele morrerá bêbado de mescal na última página).
III-
No romance de Malcolm Lowry os nomes das tabernas mexicanas são um atrativo à parte, como esta que se chama "Todos Contentos y Yo También." Há ainda o "Salón Ofélia", o "Farolito" e a "Cervecería Quauhnahuac", com sua mistura deliciosa de vogais e consoantes, impronunciável para nós.
IV-
"I learn that the world goes round so I am waiting here for my house to pass by".
Finalmente terminei de ler "Under the Volcano", "À sombra do Vulcão", de M. Lowry. Jornada nauseante a que somos arrastados pelo escritor e que termina num vazio escuro, cheio de desespero lírico*, cheirando à morte. Vai para minha lista de livros escritos no inferno (como A Vida Breve, de Juan Onetti), que lemos meio sem querer ler.
"Qué hacéis aquí?"
(...)
"Nada. Veo que la tierra anda; estoy esperando que pase mi casa por aquí para meterme en ella".
__
*ou líquido -o mescal e álcool em todas as formas, até mesmo puro, com chá fervente, que se toma(?) no México...
Mostrando postagens com marcador Malcolm Lowry. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Malcolm Lowry. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 8 de junho de 2011
sábado, 3 de julho de 2010
He liked the dead/Ele gostava dos mortos
Nada evocava simplicidade.
Sua alma de medo nunca foi despossuída,
E, agora mesmo, por uma caneca de cerveja, três vezes seria vendida
Ele parecia desconhecer o amor, apreciar o pavor
Acima de todos os sentimentos humanos. Ele gostava dos mortos;
A grama para ele não era verde, sequer era grama;
Nem o sol era sol; a rosa, rosa; o fumo, fumo; a rama, rama.
The collected poetry of Malcolm Lowry
Tradução: Lauro Marques
No Ruppert Broke, and no great lover, he
Remembered little of simplicity.
His soul had never beeen empty of fear,
And he would sell it thrice now for a tankard of beer
He seemed to have known no love, to have valued dread
Above all human feelings. He like the dead;
The grass was not green, not even grass to him;
Nor was sun, sun; rose, rose; smoke, smoke,; limb, limb.
Tradução: Lauro Marques
No Ruppert Broke, and no great lover, he
Remembered little of simplicity.
His soul had never beeen empty of fear,
And he would sell it thrice now for a tankard of beer
He seemed to have known no love, to have valued dread
Above all human feelings. He like the dead;
The grass was not green, not even grass to him;
Nor was sun, sun; rose, rose; smoke, smoke,; limb, limb.
Assinar:
Postagens (Atom)