Foto da primeira edição (verdemuco) do Ulisses |
Pág. 8: “– Por Deus – disse sereno. – Não está o mar tal como Algy lhe chama: a doce mãe gris? O mar verdemuco.” (1)
Pág. 20: “O vazio espera certo todos os que tecem o vento.”
Pág. 73: “O senhor Dedalus olhou para a claudicante personagem e disse docemente:
– Que o Diabo lhe quebre o espinhaço.”
Pág. 362: “Estética e cosméticos são para o boudoir. Busco a verdade. Pura verdade para um homem puro.”
Pág. (*): .........................................................................
(*) Para respeitar a idiossincrasia de cada um, deixamos a cada leitor a tarefa de completar esta página.
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(1)
"Snotgreen", termo "criado" por Buck Mulligan, no Ulisses. "O mar verdemuco" e não "verdemeleca" como está na tradução de Bernardina da Silveira Pinheiro (Editora Objetiva, 2005). Uma bobagem essa, admito... mas me fez recuar na compra do livro. "Meleca" lembra palavreado infantil que não corresponde a snot - nasal mucus, mucous secretion, mucus - protective secretion of the mucous membranes; in the gut it lubricates the passage of food and protects the epithelial cells; in the nose and throat and lungs it can make it difficult for bacteria to penetrate the body through the epithelium - além de não combinar com o contexto da rememoração de Stephen, em seguida: a mãe a morrer vomitando a bile numa tigela de porcelana que "parecia uma lesma verde arrancada de seu fígado apodrecido em seus ataques de vômito e de altos gemidos..."
Aí está: O mundo à beira do caos e eu aqui discutindo meleca...
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